20200307

NA ARGENTINA

1. Saímos de ROSÁRIO logo após o parco desayuno do hotel Ariston. Nunca espere dos hotéis argentinos cafés da manhã ao estilo Brasil. Eles são econômicos nisso! Algumas médias lunas e duas variedades de fruta já podem ser consideradas um desjejum excelente por aqui.

2. As cidades interioranas na Argentina são um espetáculo à parte. Muito bem cuidadas, com dezenas de pracinhas e parques, ruas largas, sem lixo ou folhas espalhadas pelo chão e muitíssimo arborizadas. Dá gosto ver ruas, passarelas e ciclovias ladeadas de plátanos enormes, plantados com distâncias exatas entre um e outro. Passamos boa parte do dia entrando e saindo desses pequenos municípios. Valeu muito a pena!

3. Nosso destino de hoje, dia 20/fevereiro (quinta-feira), foi a belíssima cidade de SÃO LUÍS, capital da província de mesmo nome, com 420 mil habitantes, onde chegamos antes das 16h. Reservamos hotel pelo  caminho (hotel Quintana), usando o wifi de um posto YPF. Demos uma sorte danada, porque além de barato, o hotel dispunha de piscina térmica com barzinho. Nada como ficar imerso na água quente depois de cumprir 3680 km desde Brasília.





EM MALARGÜE -  INÍCIO DOS PROBLEMAS DA VIAGEM

1. Resolvemos pernoitar no dia 21/fevereiro (sexta-feira) em MALARGÜE, uma cidade muito bonitinha, com menos de 30 mil habitantes, localizada dentro de uma região paleontológica na província de Mendoza. Nossa ideia era curtir a cidade, fazer boas caminhadas e descansar para o dia seguinte, quando pretendíamos realizar a travessia da Cordilheira dos Andes pelo Passo Pehuenche, com destino ao Chile.

2. Foi nesse trecho que os problemas começaram, que nos obrigaram a separar o grupo! A moto Tiger 1200 do Gilson Wander começou a apagar pela rodovia. Foram diversas ocorrências pelo caminho! O motor desligou com a moto em movimento por dezenas de vezes. Não foi difícil perceber que o problema estava no botão liga/desliga da moto. Aquele dispositivo vermelho, que se aciona para dar partida. Algo ali estava estranho! Como se houvesse uma mola o empurrando para a posição "desliga". Estava complicado, porque no meio de uma aceleração o motor desligava por si, sem qualquer aviso prévio.

3. Em Malargüe tentamos contato com o atendimento internacional da Triumph e nada! A ligação caía numa caixa postal. Putz, a moto tinha acabado de fazer 5 mil km. Zeradíssima e ainda na garantia! A Triumph tem fama de ser "inquebrável", mas parece que o passar dos anos não tem sido favorável a nenhuma marca. As BMW, Harley Davidson, Hondas e outras marcas já não são tão duráveis como os modelos mais antigos. Estão "embarcando" tecnologia demais, desnecessária na maioria dos casos. Eu possuo motos Triumph desde 2014 e rodei mais de 130 mil km em duas Tiger 1200 diferentes, sem qualquer problema até então. Foi decepcionante ver o amigo passar por esse perrengue, com uma moto recém retirada da loja. O mais decepcionante foi o chamado pós-venda da marca. Esperávamos no mínimo algum tipo de orientação ou assistência. Ficamos a ver navios em plena aridez patagônica...

4. Como há concessionária Triumph em MENDOZA (a 380 km de Malargüe), Gilson optou por levar a moto pra lá, num guincho contratado a 300 dólares na própria cidade. Em CONCEPCIÓN, no Chile, cerca de 500 km adiante (onde Markim iria trocar os pneus de sua BMW), também havia concessionária Triumph, mas  arriscar a travessia dos Andes, com a moto naquele estado, passou a ser um fator de risco! Não havia segurança de chegar do outro lado da Cordilheira. Nos mais, pelo adiantado da hora, teríamos que fazer a travessia no período da tarde, que é desaconselhável por conta do frio após as 16h e da possível formação de gelo na pista.

5. No dia 22/fevereiro (sábado), por volta do meio-dia, a moto foi levada pra Mendoza, com Gilson junto.

6. Eu e Markim saímos pra fazer o PASSO PEHUENCHE, sem a companhia do amigo.




Moto sendo levada pra concessionária em Mendoza




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