20200305

NO CHILE

1. Chegamos em Chillan, já no Chile, por volta das 17h do dia 22/fevereiro, sábado, depois da travessia das montanhas andinas. De modo geral, as aduanas chilenas são muito demoradas, mas desta vez não foi! Um funcionário simpático fez uma revista rápida na bagagem e não perdemos tempo no procedimento.

2. Em Chillan (que se pronuncia Tijan) saímos em busca dos famosos Termas. Foi decepcionante saber que os "termas de Chillan" nada têm a ver com a "cidade de Chillan". Eles ficam a mais de 100 km de distância, cerca de 15 municípios depois. Mas mesmo assim, resolvemos encarar de conhecê-los, já que o sol estava se pondo às 20h30. Lá fomos nós por uma rodovia estreita, super congestionada. Nos finais de semana a frequência é absurda! A decepção número 2 foi descobrir que os Termas ficam em hotéis caríssimos! E mesmo nos chamados "públicos" são cobrados ingressos entre 14.000 e 60.000 pesos apenas para passar o dia. Os acessos são por estradas não pavimentadas, com muitas pedras e areia fofa. Numa desses trechos off road, fui obrigado a fazer uma curva de 180 graus num terreno empedrado e super inclinado. Decepção 3: CAÍ COM A MOTO! Não só caí como fui deslizando morro abaixo cerca de 3 metros. Rapidamente vieram 3 pessoas me ajudar a levantá-la. Na queda, senti uma dor forte no braço esquerdo. Pensei que tinha quebrado, sinceramente. Só recuperei os movimentos 3 dias depois, a base de anti inflamatórios e relaxante muscular.

3. Voltamos pra cidade de Chillan numa frustração terrível. As hospedagens nos Termas giraram em torno de R$ 1.000,00 a diária, geralmente em "hotéis-cassino". Não dava pra encarar esse valor! A noite nos pegou pelo caminho, dentro de um engarrafamento de perder de vista. As ultrapassagens eram sempre arriscadas e o trânsito não fluía. Decepção 4: Eu e Markim  nos perdemos um do outro! Havia dezenas de entradas para a cidade de Chillan dessa rodovia e cada um pegou uma diferente. Cacilda! Markim estava atrás de mim. Como foi se perder no meio de um trânsito tão lento???? Voltei pra procurá-lo, perguntei pros Carabineiros se havia tido algum acidente no trecho, e nada... Eu estava nas últimas de cansado depois de tantos perrengues num mesmo dia (guincho, duas aduanas, travessia da Cordilheira, uma queda e 200 km de congestionamento no caminho dos termas). Parei no primeiro hotelzinho vagabundo que vi pelo caminho, um tal de Los Cardinales. Aliás, dar nota zero pra esse hotel seria um elogio! Pelo menos tinha wifi. Quando entrei no zap havia recado do Markim, que havia se hospedado em um hotel a menos de 1 km do meu. Fui me reencontrar com ele no dia seguinte e tomei café da manhã no hotel que ele havia se hospedado (já que o porcaria onde fiquei não oferecia esse serviço).

4. Enquanto isso, Gilson Wander chegou a Mendoza no guincho e encontrou a concessionária Triumph fechada. Só iria reabrir na quarta-feira! Teve que negociar com o segurança da loja para a moto não ficar na rua, porque a área de estacionamento também estava fechada. Na Argentina, como no Brasil, tem feriado de carnaval, pra nossa surpresa! Putz, pegar feriado em Mendoza, com os hotéis ao preço que estavam, foi um problema! Na primeira noite, numa situação emergencial, ele encarou o hotel Raíces Aconcágua ao preço de 108 dólares. No dia seguinte, trocou para o hotel Puerta do Sol, a um preço mais módico de 33 dólares. Teve que passar 4 noites na cidade (maravilhosa, diga-se de passagem), apenas para aguardar a concessionária abrir. Ainda bem que isso não demandou muito esforço, porque Wandeco adora vinho, o melhor produto de Mendoza.

FOTOS DE MENDOZA:













Um comentário:

  1. O Wandeco é sortudo até quando quebra a moto: passar uns dias em Mendozza é um sonho de deleite. Taí uma cidade que pretendo revisitar.

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