20200304

SEGUINDO PARA CÓRDOBA

1. Na manhã de quinta-feira, dia 27/fevereiro, após 3 dias curtindo a cidade de PUCON, eu e Markim nos separamos no trevo da cidade de Villarrica. Eu segui para uma jornada solitária de 2 dias até CÓRDOBA, e ele para BARILOCHE, onde faria seu primeiro pernoite no caminho para USHUAIA. Deu até vontade de ir junto, confesso... mas já estive em Ushuaia duas vezes (em 2007 e 2012) e não tinha outros 20 dias disponíveis (nem dinheiro) para embarcar nesse projeto. No frigir dos ovos, eu e Markim rodamos exatos 5415 km lado a lado.

2. Segui, então, para uma trecho solitário de 2 dias ou 1720 km até CÓRDOBA, cidade que não conhecia, com breve pernoite em MALARGÜE (pela segunda vez), passando novamente pelo PASSO PEHUENCHE. O objetivo, como já foi dito, era me reencontrar com o Gilson Wander e seguirmos juntos pra casa.


Passo Pehuenche

Passo Pehuenche

Passo Pehuenche

Passo Pehuenche

Passo Pehuenche

Passo Pehuenche

Passo Pehuenche

Passo Pehuenche

Passo Pehuenche
3. Pernoitei em Malargüe, no mesmo hotel Bambi, na quinta-feira, e saí cedo na sexta (dia 28/fevereiro) para Córdoba, porque tinha 860 km pela frente. Muita gente fala que não devemos viajar de moto sozinho. Eu já fiz vários projetos solo e nunca tive problema mecânicos (já fui furtado no Peru), mas desta vez passei por um leve perrengue. O pedalzinho de câmbio quebrou. Já estava meio empenado por causa de uma queda parado em Brasília. Tentei instalar uma peça nova, mas ela não chegaria a tempo pra viagem. É o velho problema das motos importadas. As peças demoram a chegar...

4. Saí pilotando fazendo algum esforço para mudar as marchas, mesmo sem o cachimbinho do câmbio. Fazer mudanças "para frente" não eram difíceis, mas reduzir era complicado! Rodei cerca de 80 km nessa situação, até as proximidades de Santa Rosa de Conlara. O problema aconteceu por volta do meio-dia, exatamente no horário que começa a Siesta do povo argentino. Estava indo a trancos e barrancos, quando vejo uma borracharia nas proximidades de um posto de gasolina, dentro de uma espécie de ferro velho,  cheia de parafusos no chão. Peguei um parafuso que achei de bom tamanho e me dirigi ao borracheiro, pra ver se conseguia uma lima emprestada. Essa pecinha não é parafusada, é fixada na pressão (ou a marteladas). O borracheiro, que tomava uma cerveja Quilmes sob calor de 40 graus, tinha um esmeril elétrico e me ajudou no serviço. Bastou a gente fazer um desgaste no parafuso para que ele ficasse na espessura ideal para entrar no buraquinho da alavanca de câmbio. Demos umas boas marteladas e deu certo! Rodei mais de 4500 km desse jeito, até minha casa, com o dispositivo funcionando super bem.

Pedalzinho de câmbio quebrado

Solução encontrada



5. MULTAS DA POLÍCIA CAMIÑERA - Entrei na província de Córdoba e tive uma ingrata surpresa. Polícia pra todo lado no breve trecho de duzentos e poucos quilômetros dentro desta província. Fui multado duas vezes, ambas ultrapassando caminhão em faixa contínua. Caminhões andando a menos de 20 km/h tornam meio difícil aguardar o momento próprio para ultrapassá-los. E a polícia, muito esperta, sabe os locais exatos onde isso pode acontecer. Fica lá de butuca, pronta pra pegar os incautos. Acho que serei multado umas 1000 vezes pra aprender isso!!! Cada multa foi em torno de 12.000 pesos, mas saí do país sem pagá-las!!! Não entendi como fazer isso, particularmente nos finais de semana. Atravessei a fronteira num dia de domingo e as multas ocorreram na sexta e no sábado (já ao lado do Gilson, que também levou uma). Vou deixar pra pagar no dia em que voltar à Argentina. Ah, uma observação: tive que tirar as fotos discretamente, porque o policia proíbe registros fotográficos ou filmagens das abordagens.



Multas de trânsito



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